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Versão francesa de A transatlantic corporate bill of rights

Posted on October 14, 2013 by Jacob (J.) Lumier

Veja neste post o link para a versão francesa do excelente, indispensável e oportuno relatório eleborado pela notável rede Seattle to Brussels, Corporate Europe Observatory et Transnational Institute de que sou aderente e participante e tem meu apoio e solidariedade neste ato, que trata dos aspectos contrários à cidadania decorrentes do recente acordo de livre comércio e de investimento entre a União Européia e os Estados Unidos. A versão original desse texto está disponível no website do CEO . http://corporateeurope.org/trade/2013/06/transatlantic-corporate-bill-rights

Jota Lumier em Palestra_09_05_12 Jacob (J.) Lumier

***

Le mandat de négociation pour un accord étendu de libre commerce avec les Etats-Unis révèle la volonté de la Commission européenne de renforcer le pouvoir des entreprises transnationales. Le texte du mandat fait suite à une intense et longue campagne des lobbies de l’industrie et des officines juridiques pour permettre aux grandes compagnies de contester les réglementations nationales et internationales si elles affectent leurs profits.

Ainsi, les Etats membres de l’UE peuvent voir leurs lois domestiques de protection des intérêts publics contestées dans des tribunaux offshore, secrets, dans lesquels les lois nationales n’ont aucun poids et les élus politiques aucun pouvoir d’intervention.

La proposition de la Commission concernant le règlement des conflits entre investisseurs et Etats dans le Partenariat transatlantique pour le commerce et les investissements (PTCI) [1] autoriserait les compagnies américaines investissant en Europe à contourner les cours de justice européennes et d’attaquer directement l’UE et ses gouvernements devant un tribunal international ad hoc dès lors qu’elles estimeraient que les lois réglementant les domaines de la santé, de l’environnement, ou de la protection sociale interfèrent avec leurs profits. Les compagnies européennes investissant aux États-Unis auront le même privilège.

A travers le monde, les entreprises transnationales ont déjà utilisé les organismes de règlement des conflits investisseurs-Etats et les accords sur le commerces et l’investissement pour réclamer des sommes vertigineuses en compensation de lois démocratiques prises dans le but de protéger l’intérêt public (voir ci-dessous). Parfois la simple menace d’une plainte ou son dépôt a suffi pour voir des législations abandonnées ou privées de substance. Dans d’autres cas, des tribunaux ad-hoc, c’est-à-dire un panel de 3 membres issus d’un club d’avocats privés et englués dans des conflits d’intérêts [2] – ont ordonnés que des milliards d’euros soient versées aux entreprises, milliards sortis de la poche des contribuables.

Une multiplication des conflits

En tant que principaux bénéficiaires des traités internationaux existant sur les investissements, les entreprises américaines et européennes ont multiplié les litiges investisseurs-Etat dans les deux dernières décennies. La plupart des 514 conflits ouverts à la fin 2012 ont été lancé par les investisseurs américains. Ils ont déposé 24% (129) de toutes les plaintes. Les suivants sont les investisseurs néerlandais (50 plaintes), ceux du Royaume Unis (30) et d’Allemagne (27). Ensemble, les investisseurs des Etats membres de l’UE ont déposé 40% de tous les recours connus [3].

Les sociétés européennes et américaines ont utilisé ces procédures pour contester les politiques d’énergie verte et de santé publique, les législations anti-tabac, les interdictions de produits chimiques dangereux, les restrictions environnementales sur l’exploitation minière, les politiques d’assurance santé, les mesures d’amélioration de la situation économique des minorités et bien plus encore. Quelques conflits emblématiques :

Multinationales contre santé publique

- Philip Morris v. Uruguay et Australie : Au travers d’un traité bilatéral d’investissements, le géant du tabac Philip Morris poursuit en justice l’Uruguay et l’Australie sur leurs lois anti-tabac. La compagnie soutient que les encadrés d’alerte sur les paquets de cigarettes et les simples emballages les empêchent d’afficher effectivement le logo de leur marque, causant une perte substantielle de leur part de marché [4].

- Achmea v. la république slovaque : Fin 2012, l’assureur néerlandais Achmea (anciennement Eureko) a reçu 22 millions d’euros de la Slovaquie en compensation car, en 2006, le gouvernement slovaque a remis en cause la privatisation de la santé effectuée par l’administration précédente et demandé aux assureurs de la santé d’opérer sans ne plus faire de profits [5].

Multinationales contre protection de l’environnement

- Vattenfall v. Allemagne : en 2012 le géant Swedish energy a porté plainte contre l’Allemagne demandant 3,7 milliards en compensation de profits perdus suite à l’arrêt de deux de ses centrales nucléaires. La plainte suivait la décision du gouvernement fédéral allemand de supprimer progressivement l’énergie nucléaire après le désastre nucléaire de Fukushima [6].

- Lone Pine v. Canada : sur la base de l’ALENA (accord entre les Etats-Unis, le Canada et le Mexique, la société américaine Lone Pine Ressources Inc. demande 250 millions de dollars américains de compensation au Canada. Le « crime » du Canada : la province canadienne du Québec a décrété un moratoire sur l’extraction d’huile et gaz de schiste en raison du risque environnemental de cette technologie [7].

Multinationales contre régulation financière – Argentine et Grèce.

- Lorsque l’Argentine a figé les prix courants essentiels (énergie, eau …) et dévalué sa monnaie en réponse à la crise financière de 2001-2002, elle fut frappée par plus de 40 plaintes de sociétés comme CMS energy (US), Suez et Vivendi (France). A la fin de 2008, les condamnations contre le pays totalisaient 1.15 M$ [8].

- En mai 2013, des investisseurs slovaques et cypriotes poursuivaient en justice pour l’échange réalisé sur sa dette souveraine (détenue sur le second marché) pour pouvoir bénéficier de l’aide monétaire de l’UE et du FMI [9].

- L’UE et le FMI ont tous deux averti que les accords sur les investissements peuvent sévèrement affecter l’aptitude des Etats à lutter contre la crise économique et financière [10].

Désormais les multinationales s’intéressent aux perspectives qu’ouvre le chapitre investissements dans la négociation Etats-Unis-UE sur le libre échange (PTCI ou « Pacte transatlantique pour le commerce et l’investissement »), la plus importante négociation jamais entamée sur les investissements.

Protection des investissements à tout prix

Les procédures investisseurs-Etat instaurées par le PTCI permettraient aux entreprises de l’UE et des EU de s’engager dans des guerres juridiques d’usure afin de limiter le pouvoir des gouvernements des deux côtés de l’Atlantique. L’énorme volume d’investissements transatlantiques – chaque partenaire compte pour plus de la moitié des investissements directs à l’étranger dans l’économie de l’autre – montre l’ampleur du risque dans de telles guerres juridiques.

De plus, des milliers de sociétés de l’UE et des EU ont des filiales au-delà de l’Atlantique. Utilisant le PTCI, elles pourraient monter des procédures investisseurs-Etat, via ces filiales, pour contraindre leur propre gouvernement à s’abstenir de prendre des règlements dont elles ne voudraient pas.

Sans surprise, les lobbyistes européens comme américains ont poussé pour inclure des arbitrages investisseurs-Etats dans le PTCI. Le syndicat représentant le patronat européen Business Europe, la chambre américaine du commerce, AmCham UE, le Transatlantic Business Council (TABC), et d’autres poids lourds du lobbying ont tous plaidé pour donner ce privilège aux investisseurs.

Ils nourrissent aussi l’espoir que la négociation aboutisse à mettre en place un « gold standard » global, un modèle pour la protection des investissements qui s’étende aux autres accords dans le monde [11].

De plus en plus de pays questionnent et même abandonnent globalement les arbitrages investisseurs-Etat précisément en raison de l’impact négatif sur l’intérêt public [12].

En réponse, le monde des affaires demande un « signal au monde de sa volonté à s’engager »dans un « gold standard » protégeant les investissements [13].

Depuis décembre 2009, quand l’UE a reçu le pouvoir de négocier les sujets de la protection des investissements dans le cadre du traité de Lisbonne, les grandes entreprises de l’industrie se sont mobilisées contre toute opportunité pouvant permettre d’instituer un équilibre plus juste entre les intérêts public et privé [14].

Elles ont compris que les négociations qui s’ouvraient entre les Etats-Unis et l’UE auraient pu être l’occasion pour l’UE d’apprendre de l’expérience négative des accords d’investissements existants, de considérer leurs défauts et de développer une nouvelle génération de traités – sans dispositif de règlement des différends investisseurs- Etats, avec des obligations pour les investisseurs et des restrictions plus précises de leurs droits. Les organisations syndicales, les groupements d’intérêts publics et les associations à travers le monde appelaient à une telle volte-face.

Dans de nombreuses lettres, séminaires, débats et rencontres confidentielles avec des députés européens et la Commission, les lobbies industriels européens comme BusinessEurope ou les lobbies nationaux comme la fédération allemande de l’industrie (BDI) ont plaidé contre ce changement de cap. Ils ont clairement indiqué que l’industrie s’opposerait à tout accord dans lequel la protection de l’investissement serait « négocié contre des objectifs de politiques publiques, y compris les droits humains et du travail », pour citer Pascal Kerneis de l’ European Service Forum (ESF) (un lobby pour des acteurs de services mondiaux comme Deutche Bank, IBM ou Vodafone) [15].

…

Veja a continuação desta versão em http://www.france.attac.org/articles/une-declaration-transatlantique-des-droits-des-multinationales

 

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